Eficiência do aeroporto, não bem-estar: por que os viajantes querem menos dor e não mais academias

5

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA recentemente ganhou as manchetes – não com mudanças políticas, mas com um vídeo do secretário Robert F. Kennedy Jr. realizando flexões no Aeroporto Nacional Reagan. A manobra, parte de um investimento de mil milhões de dólares para transformar aeroportos em “espaços de bem-estar”, incluindo ginásios e opções alimentares mais saudáveis, provocou uma reação imediata. A questão central não é a saúde; é eficiência. Os aeroportos são lugares onde as pessoas suportam, não desfrutam, e melhorias superficiais não mudarão isso.

O foco equivocado no bem-estar

A pressão da administração no sentido da “civilidade” nas viagens aéreas – começando pelos códigos de vestimenta – é igualmente equivocada. Os viajantes não querem se sentir melhor com o ambiente; eles querem que o processo seja menos pior. Os aeroportos são inerentemente desagradáveis: longas filas, atrasos, iluminação fluorescente e tudo caro. As pessoas pagam voluntariamente a mais pelo TSA PreCheck para evitar problemas de segurança e lotam salas apenas para escapar dos portões deprimentes. Ninguém quer se exercitar em um aeroporto. Uma academia só pode ser útil durante um grande atraso ou como uma alternativa mais humana ao bar do aeroporto.

O que os viajantes realmente desejam

O problema fundamental é que os aeroportos falham na sua função principal: transportar pessoas de forma eficiente. As verdadeiras melhorias que as pessoas desejam são assentos maiores, melhores negócios, menos atrasos e compensações justas pelas interrupções. A realidade atual é a diminuição dos assentos, o aumento das tarifas aéreas e o desaparecimento das proteções ao consumidor.

O esforço do governo para o bem-estar desvia a atenção de questões sistémicas:

  • Escassez de controladores de voo da FAA : levando a preocupações de segurança e atrasos.
  • Falta de responsabilidade das companhias aéreas : A administração dissolveu um programa que forçava as companhias aéreas a compensar os passageiros por longos atrasos.
  • Preço abusivo : As tarifas aéreas aumentaram e as companhias aéreas diminuem os lucros com taxas de bagagem, seleção de assentos e outras cobranças adicionais.

O Ponto Maior

A indignação com as academias e a alimentação saudável é intencional. Ao concentrarem-se em mudanças superficiais, os responsáveis ​​desviam a atenção dos problemas que não estão a resolver. A situação das viagens aéreas é uma experiência universalmente frustrante. Pergunte a qualquer pessoa que esteja aguardando seu voo e ela lhe dirá o que importa: eficiência, preço acessível e respeito básico. Não são 15 pull-ups e business casual.

A obsessão pelo bem-estar num sistema fundamentalmente falido é uma distração. Os aeroportos não são retiros de bem-estar; eles são centros de trânsito. Conserte o sistema primeiro e depois considere as comodidades.